A "geração smartphone" e a vida adulta

A BBC publicou há pouco reportagem: "A geração smartphone, que bebe menos álcool, faz menos sexo e não está preparada para a vida adulta".

É muito curioso, pois se a reportagem chama a atenção à "hiperconectividade" da geração atual, preparada para se "informar" sobre quaisquer assuntos, de outro essa hiperconexão não permite um preparo para a vida adulta.

Mas enfim, o que é ser adulto?

Colado com esse, outro informe chamou muito a atenção: estamos criando uma época na qual é possível uma educação on demand, na qual não importam mais players até então importantes como professores ou um horizonte formativo, mas sim uma espécie de educação formatada sob demandas privadas. 

Nessa estranha onda atual, o discurso brasileiro pretende passar a idéia de que a educação é um problema privado, situado em questões de demandas particulares. Nesse sentido, por que não seria o mesmo em relação aos governos?

Há alguns anos, governos como o do Estado do Paraná começaram a empreender uma curiosa prática (o que me surpreende é que ocorreu sob o nome de Flavio Arns): contratar professores temporários no início do ano, para demiti-los no fim.

Esse ponto conquistado criou condições de possibilidade para que as coisas avançassem novas etapas: a criação do "professor Über", aquele que transformou a educação em bocada e precisa responder no aplicativo se dará aulas ou não.

Disso, vale lembrar algumas coisas como, por exemplo, o esvaziamento das licenciaturas brasileiras, coexistindo com anúncios de faculdades nos quais o Luciano Huck diz que ser professor pode ser um "complemento de renda".

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