Sobre o blog
Em tempos de "pós-verdade" e de automática responsividade do Facebook, ficamos todos "ansiosos", vivendo em perpétua excitação e cansaço.
Algo se passou. Há muito, diziam sobre o perigo do internauta (palavra que já ficou antiga) se transformar num "zumbi cibernético".
De algum modo, já nos tornamos. Basta entrar num desses ônibus lotados - quem usa, sabe - para precisar de algum portal de escape para fora dessa vida tão... estranha. E lá vai o transeunte deslizando o dedo por entre informações, que se vão no esquecimento com a força de uma enxurrada (antigamente, ao menos os jornais embalavam os pacotes de leite).
De repente, a web precisaria de um recuo, em direção à própria pele. Já vi muita gente comparando a internet aos jornais de outrora, ou a fotografia digital com a fotografia analógica quando substituiu a pintura.
Mas algo diferente tem se passado. O "salto" tecnológico não é igual ao do rádio, da TV ou da câmera analógica. Há algo mais, e não sei bem se isso é um "salto".
É preciso ver as coisas mais de perto. É preciso, talvez, também manter certa distância, deixar de lado tanta excitação instantânea para ver melhor o que se aproxima.
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