Kant no século XXI

O Prof. João Fernandes Teixeira acabou de publicar "Kant no século XXI: a “Crítica da Razão Pura”, a filosofia da mente e a ciência cognitiva", pela Editora Fi.

Parece um belo texto de introdução, sem perder o rigor. O livro pode ser baixado gratuitamente. Release:

O grande processador que organiza o conhecimento é, na filosofia de Kant, o sujeito transcendental, um sujeito idealizado, uma máquina virtual que recebe a informação vinda do mundo e a unifica de acordo com um conjunto de regras lógicas universais, transformando-a em conhecimento. Se fizermos uma analogia com um computador, isso significaria que ele queria desvendar o sistema operacional dessa máquina, o Windows ou o Android, que servem de organizadores básicos da informação. Um sistema operacional é um software que pode ser executado em vários tipos de máquinas como um tablet, um smartphone ou um notebook. Um software é uma estrutura lógica que existe independentemente da base física na qual ele pode ser instalado. Da mesma forma, o sujeito transcendental é uma estrutura lógica que não depende de nenhuma mente específica. O estudo das características desse sujeito transcendental nos fornece as condições que tornam o conhecimento possível. Esse é o projeto da Crítica da Razão Pura. Quem folhear a CRP pela primeira vez encontrará nela três partes: a Estética Transcendental, a Analítica Transcendental e a Dialética Transcendental. Essas partes correspondem ao modo pelo qual Kant estabeleceu uma hierarquia virtual do conhecimento.

O Prof. Teixeira publicou também, há pouco, um capítulo em "Philosophy of Mind: Contemporary Perspectives", com vários outros autores. Vale a pena conferir.

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